sábado, 13 de dezembro de 2008

Presidente do Museu de Arte da Pampulha, Priscila Freire, comenta sobre a exposição



O olhar modernista de JK

Em primeiro lugar, JK é um refrão muito conhecido no país e muito conhecido em Belo Horizonte, Minas Gerais, então, é um denominador comum o nome do JK, mas com relação a essa exposição, mostra o que eu falei do retrato dele, uma pessoa jovem, com olhos no futuro, o que JK fez por Belo Horizonte pela arte, pela arquitetura, pela literatura, enquanto, prefeito de Belo Horizonte, e como Governador de Minas, realmente, não tem outro modelo no país, de modo que essa exposição vem nos trazer toda essa época em que ele brilhou aqui em Belo Horizonte e brilhou para o país interior trazendo todo o contingente cultural e artístico da melhor qualidade.

Importância histórica e Cultural

Eu penso aquilo que eu encontrei que é realmente uma familiaridade com essas obras, que estão expostas aqui, eu pela minha idade, porque realmente eu vivi esse tempo, mas as outras pessoas vão reconhecer também nelas, um tempo que foi vivido aqui e que vivido com muito brilho de modo que ver aqueles quadros os artistas, que os fizeram e toda essa montagem de moda e propaganda que se fazia na época é ter todo o entorno de um país e aqui de Belo Horizonte, especialmente.

A exposição

Eu acho que é um evento sedutor, acho que é extremamente inteligente, acho que está muito bem montado, eu sou diretor de museu, posso falar disso com toda tranqüilidade, e eu acho que isso pode ser levado sim, não só ao estado porque tem pessoas interessadas que estão em outras cidades e que viriam aqui com certeza, como as própria população de Belo Horizonte que está muito mais desperta para arte, do que no tempo do Juscelino. Nós vamos ter um público muito maior e vendo a exposição com mais inteligência com mais sensibilidade do que no próprio tempo de JK.

Museu de Arte da Pampulha

Quando JK buscou o Niemeyer para construir o conjunto da Pampulha, ele já tinha outros projetos outros projetos, não baratos, mas com uma pompa e uma circunstância que realmente não era o aquilo que ele queria, ele tinha os olhos voltados para o futuro, ele queria uma coisa moderna, e queria uma cidade cosmopolita. E com toda razão ele chamou Niemeyer para fazer o conjunto da Pampulha. Eu “moro” no conjunto da Pampulha, eu estou por oito horas ou mais por dia, de modo que pra mim é um prazer diário olhar para a arquitetura, para o interior daquele prédio, que eu acho que é de um interesse incrível para a posteridade,é um prédio que foi construído nos anos 40, e que é moderno até hoje, moderno quer dizer, contemporâneo, a arquitetura do Niemeyer não morre, a arquitetura está sempre renovada. Então eu sou uma pessoa privilegiada, de estar ali lidando com a arte contemporânea, lidando com a arte moderna e vivendo um trabalho que me permite estar de um prédio construído pelo Niemeyer, mandando fazer pelo JK.

Clique aqui e veja o vídeo com a entrevista completa no site do IABlog no You Tube.

Priscila Freire é atual diretora do Museu de Arte da Pampulha (MAP). Foi superintendente de museus do Estado, diretora do Museu Mineiro e coordenadora do Sistema Nacional de Museus do Iphan, em Brasília.